Filme Mar Adentro – uma reflexão sobre a EUTANÁSIA

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Sinopse: Ramón Sampedro, interpretado por Javier Bardem, é um homem nascido numa pequena vila de pescadores da Galicia, que luta para ter o direito de pôr fim à sua própria vida. Na juventude ele sofreu um acidente, que o deixou tetraplégico e preso a uma cama por 28 anos. Lúcido e extremamente inteligente, Ramón decide lutar na justiça pelo direito de decidir sobre sua própria vida, o que lhe gera problemas com a justiça, a igreja e até mesmo seus familiares. A chegada de duas mulheres alterará seu mundo: Julia (Belén Rueda), a advogada que quer apoiar sua luta e Rosa (Lola Dueñas), uma vizinha do povoado que tentará convencer-lhe de que viver vale a pena. Ele sabe que só a pessoa que o ama de verdade será aquela que vai lhe ajudar a realizar essa última viagem. Após 28 anos deitado e dependendo de todos à sua volta para tudo, ele chama uma advogada para tentar conseguir legalmente o direito de cometer eutanásia. Filme de tese em defesa da eutanásia. De certo modo, Mar adentro é uma visão da morte a partir da vida. Enfim, a vida não é um valor absoluto. Por outro lado, o filme nos mostra diferentes maneiras de conceber o amor. Por exemplo, vemos a história de Ramón através das diferentes mulheres que rodeiam sua cama. Primeiro, o amor protetor que se estabelece com Rosa, porque ela e outras mulheres vinham lhe contar seus problemas. Depois, com Julia, percebemos uma conexão intelectual; compartilham preocupações similares e concepções totalmente distintas da vida e da morte. Outro é a relação pai-filho que estabelece com seu sobrinho. Também é muito importante a relação de amor e desentendimento fraternal que Ramón e José mantêm. E a relação com sua cunhada, de absoluta cumplicidade, maternal, onde as palavras são quase desnecessárias porque se entendem com um olhar. Além disso, Mar adentro é um dos versos de um poema de Ramón. Há um momento no filme onde Ramón diz que o mar lhe deu a vida e o mar a tirou, porque foi onde ocorreu o acidente. O mar é, também, a sensação de escape. É essa linha do horizonte que nunca se acaba, que representa o infinito. No ápice de seu desenvolvimento civilizatório e do seu complexo de mediações sociais, o homem parece ser o único animal capaz de justificar a morte a partir da vida. (2005)

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2 COMENTÁRIOS

  1. estou numa cadeira de rodas a mais de 30 anos tenho 57 anos e porque tem sido uma vida de dor e uma dor psicológica sem saber e não poder e por isso que eu concordo com a eutanásia queria terminar esta vida que tenho repleta de dor. é a pura verdade quero terminar com alguma dignidade.

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