A dança dos títeres

Vinte anos mais tarde, vislumbra-se o implacável cumprimento do que INRI CRISTO advertiu

Esta circular contem em seu bojo uma mensagem proferida por INRI CRISTO no ano 1996 que foi enviada a diversos órgãos de comunicação no afã de alertar os governantes sobre a cruel realidade que se instalaria no Brasil face ao m4odelo administrativo então implantado no país.

– Os doutores da sociedade falida
– A hipocrisia da sociedade
– O “valor” dos títulos
– Os desinformadores (pseudojornalistas)

Assim falou INRI CRISTO:

“De que vale ao indivíduo ostentar título de doutor, médico, administrador, se ele nem sequer possui recursos para doar remédios aos necessitados que compõem a maioria dos habitantes deste país, se administra uma sociedade falida, se precisa mendigar com um prato na mão e bater à porta da sociedade hipócrita a fim de obter proventos para custear água e luz?

Após muitos “nãos”, recorre à porta de políticos corruptos implorando por votos, suplica a cumplicidade dos colegas ministros para, à revelia da lei estabelecida, impor ao povo o novo imposto (IPMF – Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira), que não consiste senão em uma nova forma de explorá-lo.

Depois de longo, penoso e árduo trabalho de articulação, estratagemas, conchavos… obtém finalmente a pseudo-unanimidade e anuncia, em nome da saúde, o fraudulento imposto para, então, ser expelido do ministério como um cão sem dono. E o dinheiro arrecadado (como anteriormente sucedera com o INPS e com medidas do Ministério da Agricultura e dos Transportes: selo pedágio, depósito compulsório) deságua parte nas contas dos referidos “doutores” no exterior, parte subvencionando bancos falidos… E a saúde, como era de se esperar, continua cada vez mais enferma.

Obediente a meu PAI, SENHOR e DEUS, mesmo sabendo que não haveria ressonância à minha voz, tentei advertir os ex-presidentes João Batista Figueiredo, José Sarney, Fernando Collor (ver cartas no livro DESPERTADOR – 1ª parte) almejando propiciar uma derradeira solução ao país.

O Brasil está sendo comprado pelos estrangeiros e o povo, no marasmo, iludido, adormecido, dopado pela propaganda oficial, ainda não percebeu. Quando se acordar desse sono letárgico será tarde, tarde demais. Só a interferência direta de DEUS em atenção aos assinalados (Apocalipse c.7 v.4) poderá acender a luz no final do túnel.

O Brasil, país continental, tem potencial para alimentar o mundo. Os inescrupulosos políticos corruptos não se olvidam de propagar aos quatro cantos: “O Brasil é o celeiro do mundo”. Não obstante, ironicamente, ao invés de exportar, está comprando alho da China e da Argentina; arroz do Vietnã; feijão da África, etc., enquanto a produção nacional apodrece nos armazéns brasileiros. Ora, se houvesse bom senso ou pelo menos sensatez na administração, o governo enxergaria que cada cabeça de alho chinês comprada hoje significa um pequeno agricultor falido integrando o movimento dos sem-terra amanhã. O mesmo acontece em relação ao arroz, ao feijão, ao café, ao trigo, às frutas, etc.

Quando, em 1980, falei na Câmara dos Deputados (a convite do então presidente Flávio Marcílio) enunciando o futuro da humanidade, um dos parlamentares presentes inquiriu-me: “Qual a saída para o Brasil e qual é seu futuro?” Da parte de meu PAI, SENHOR e DEUS, eu lhe respondi: “O futuro do Brasil está na agricultura. O Brasil só se estabilizará econômica, política e administrativamente o dia em que der prioridade à agricultura”. Mas os políticos corruptos permitem? É lamentável, todavia no Brasil só se planta o que se colhe no mesmo ano ou no ano vindouro. Enquanto não mudar a cultura do lucro já, aqui a oliveira, por exemplo, jamais será plantada. Consequentemente, o Brasil jamais colherá azeitona.

O Mercosul foi o golpe de misericórdia contra a economia nacional. Para simplificar a questão em poucas palavras, o Mercosul foi instituído no afã de facilitar aos vizinhos, principalmente à Argentina, despejar oficialmente no país, em grande quantidade, os refugos de suas mercadorias, o que antes só era possível clandestinamente. É por este motivo que os vinicultores do Rio Grande do Sul estão dizimando suas vindimas. Enquanto os menos afortunados se organizam em movimentos sem terra, os títeres brasileiros dançam e banqueteiam no Chile e na Argentina. Fanfarreiam sem se preocupar com o pequeno detalhe dos bilhões de dólares de déficit na balança comercial (só em 1996, mais de 4 bilhões). Eles dizem: “O Brasil é o líder do Mercosul”. É lógico que é o líder; líder na aquisição dos refugos vizinhos: vinho, brinquedos, cereais etc. Os títeres omitem a informação de que não há reciprocidade.

Eis por que as maiores vinícolas do Rio Grande do Sul já estão falindo e as outras entrando em concordata. Assim acontece com todos os demais setores da economia nacional. Quando o filho do operário de uma fábrica de brinquedos se deslumbra com o presentinho eletrônico de origem asiática ganho do papai, nem ele, nem o papaizinho orgulhoso sabe que, ao adquirir tal objeto, está se assemelhando ao macaco que cortou o galho no qual estava sentado. Posteriormente, quando vem a demissão em massa, as lágrimas, a choradeira, a fome, e vendo que não pode sequer comprar pilhas para fazer funcionar os tais brinquedinhos, o operário já se esqueceu que foi ele quem ajudou a serrar não só o galho, mas o tronco da árvore onde estava.

Quando os metalúrgicos e demais trabalhadores são incitados pelos pelegos (líderes sindicais) a fazer greve, nem lhes ocorre a ideia de que mais tarde terão de rezar nos templos farisaicos e ser dopados pelas fantasias dos falsos profetas que ululam: “Sangue de Jesus tem poder”, almejando esquecer o pesadelo do desemprego inexorável. As metalúrgicas, as grandes empresas brasileiras, as estatais… estão sendo todas vendidas.

O Brasil está sendo vendido…

“Ah, que sapatinho bonito! Onde o compraste? De onde veio?”, pergunta a mulher do operário da fábrica de calçados. A vizinha, cujo marido também trabalha em outra fábrica, orgulhosa, responde: “É importado, chinês. E sabes, paguei mais barato do que o fabricado por nós aqui”. Alguns meses mais tarde, quando a fábrica de calçados fecha, ela nem se dá conta de que ajudou a girar a chave da grande porta. Os asiáticos, por sua vez, esfregando uma mão na outra, vão chegando e dão sonoras gargalhadas. Com as fábricas de sombrinhas, de tecidos, etc., ocorre o mesmo.

Apesar dos desmandos da ditadura, ao menos no tempo dos militares havia um rigoroso controle alfandegário em Foz do Iguaçu. Tive a oportunidade de observar pessoalmente. Os ônibus de turistas que chegavam a esta cidade carregavam em seu interior cidadãos em férias ou aposentados que eventualmente adquiriam alguma garrafa de vinho, de whisky, etc. ou algum outro produto dentro da cota estabelecida pelo governo. À exceção dos contrabandistas profissionais, os turistas eram realmente turistas e se submetiam a um rigoroso esquema de vigilância alfandegária. Às vezes, permaneciam horas na fila esperando a oportunidade de serem vistoriados. Os veículos eram todos inspecionados. Era bastante desagradável e incômoda esta molestação, mas servia para desestimular o contrabando e garantir a soberania nacional.

Quando se ouvia falar em mercado negro, os compradores de perfumes e quinquilharias importadas sonhavam com La Paz, a capital da Bolívia, e até diziam: “Em La Paz podemos comprar isto, comprar aquilo”. Nos dias de hoje, encontrar aparelhos eletrônicos, perfumes, cigarros importados, etc. em cada esquina deveras proporciona uma falsa impressão de liberdade. Mas ninguém se pergunta: até quando irá esta orgia? Até quando o brasileiro terá dinheiro para comprar? Qual será a solução quando exaurirem os recursos?

Hoje, no mundo do faz de conta, os empregados das fábricas de brinquedos e calçados que fecharam já são contrabandistas disfarçados sob o título de sacoleiros. Algumas fábricas estão se transformando em importadoras, pois a curto prazo, vítimas da cultura do lucro já, aparentemente é-lhes mais vantajoso importar do que fabricar. E eu pergunto: num futuro não muito distante, onde encontrarão uma teta para mamar se estão comendo todos os dias um pedaço da vaca?

“Por coincidência”, os estrangeiros virão aqui construir suas fábricas e os operários serão transformados em escravos. Os governantes corruptos comparecerão aos banquetes de inauguração, festejarão e, na dança dos títeres, os políticos fingirão não saber ou quiçá não se lembrarão que estes “ilustres” empresários estrangeiros são, nada mais, nada menos, do que os superintendentes, ou seja, os testas-de-ferro da política de dumping de seus países de origem. São estes mesmos os que provocaram a falência e destruição das indústrias nacionais ao vender suas mercadorias: sapatos descartáveis, sombrinhas descartáveis, eletroeletrônicos descartáveis, etc., por preço diferenciado do nacional.

Fizeram tudo ante as vistas complacentes dos governantes corruptos, que são cortejados pelos executivos internacionais com propostas de milhões de dólares depositados em suas contas no estrangeiro para prevaricar (isto significa adquirir milhares de toneladas de carne podre e outros alimentos em decomposição, além de componentes para usinas nucleares que nunca funcionam e só servem para ameaçar a segurança, a ecologia e a paz do povo brasileiro). É de se questionar qual interesse oculto impeliu o então ministro das relações exteriores, Antônio Azevedo da Silveira, a enfrentar orgulhosamente uma batalha internacional para importar tecnologia nuclear da Alemanha. Quantos milhões de dólares envolvia esta trama? Onde está o lucro do povo brasileiro?

A gigante e inexorável roda da vida que sustenta o cruel mecanismo da sociedade capitalista, anárquica, continua girando e os títeres continuam dançando, ou seja, saltitando sempre em busca de uma melhor posição… De vez em quando, os títeres saem da pista de dança e ajoelham-se diante de uma boneca cega, surda e muda, inerte, de gesso, de madeira… Invocam-na como “mãe de DEUS” e, na senda da esquizofrenia, sequer ouvem as gargalhadas dos proprietários da dita boneca, intitulados sacerdotes, bispos, cardeais (quando, na verdade, são vendilhões de falsos sacramentos). Dizem-se meus servos, não obstante, vendem falsos sacramentos, atuando à revelia dos ensinamentos que deixei, pois quando me chamava Jesus eu disse e está escrito em Mateus c.10 v.8: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

As fortunas, as riquezas, serão sempre as mesmas, apenas mudam de dono. Os militares sonham com um líder que lhes restaure a dignidade e permita um mínimo de provento para sentir estímulo e incentivar os descendentes a seguir a mesma carreira. O ministro presidente do Tribunal Eleitoral orgulhosamente anunciou que vai gastar a bagatela de 300 milhões de dólares no país da “democracia” (onde o voto é obrigatório) para concluir a informatização do processo eleitoral. Não seria mais racional e econômico deixar o povo livre para votar espontaneamente? Se isto ocorresse haveria uma grande surpresa: o ministro descobriria que não carece informatizar os votos, pois os mesmos, a fim de serem contados, levariam quase o mesmo tempo do que via informática. Será mesmo democracia obrigar o povo a votar sem confiar nos candidatos? Será justo poluir a mente, os ouvidos, os olhos do povo com promessas falazes proferidas por lobos com pele de ovelha?

DEUS, meu PAI, interferirá na hora certa, fazendo a roda girar no sentido contrário, e quando os títeres tentarem se posicionar serão expelidos pelo sopro divino, cairão exaustos e ajoelhar-se-ão diante do Santo Tribunal Celestial… Os sensatos meditam”.

Curitiba, 26 de novembro de 1996.

Fonte: livro DESPERTADOR

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