Entrevista de INRI CRISTO ao Diário de São Paulo

1) INRI, como o Senhor vê pessoas receberem apelidos de Jesus e Deus nos dias de hoje?

INRI CRISTO: “Apelido de Jesus eu vejo naturalmente, porque Jesus hoje em dia é um nome vulgar; existe cafetão, gigolô e delinquente com nome de Jesus, já vi esse nome até em cão, mais precisamente na piada de um pitbull chamado Jesus*. Recentemente, vi pela TV um Jesus reclamando da situação econômica dele e do país. Isso serve para os evanjegues que ficam dizendo ‘Sangue de Jesus tem poder! Jesus, esse nome tem poder!’ E por conta da vulgarização desse nome é que meu PAI me reenviou com um novo nome, conforme escrito em Apocalipse c.3 v.12, e o meu novo nome é INRI, o nome que paguei com meu sangue na cruz. Até as desgraças que vejo acontecer com o povo dito ‘cristão’ só atingem os que continuam teimosamente, obstinadamente contra o SENHOR, invocando meu nome antigo, obsoleto, Jesus, quando deveriam invocar unicamente o SENHOR DEUS, meu PAI, ou então reconhecer que meu novo nome é INRI. Esses na verdade não são cristãos, são jesuítas evanjegues. Quanto a receber o apelido de DEUS, existem pessoas que o tem como sobrenome. Conheci um detetive que se chamava João de Deus. Assim tudo bem, pois ele era ‘de Deus’. Todavia, não conheci ninguém que ouse usar o nome ‘Deus’. Considerar um atleta, um artista ou qualquer outro ser humano como ‘Deus’ dá um azar muito grande tanto para aqueles que idolatram como para a própria pessoa que está sendo idolatrada. Dá azar tanto pra quem chama alguém de ‘Deus’ como pra quem aceita e se regozija com isso. E o que é azar, afinal? A definição de azar engloba tudo de negativo que pode acontecer com alguém, desde acidente, doença, bala perdida… tudo isso está incluído no rol dos azarentos. Havia um guru na Índia chamado ‘Sai Baba’, diziam que ele era ‘Deus’; efetivamente ele babava igual a um boi baba, até que numa última babada, ele baixou à sepultura. Conheci um oficial de justiça de São Paulo que uma vez por ano levava pessoas em excursão ao encontro dele na Índia, e queria me levar porque sou o Filho de DEUS… Dizia ele que queria testemunhar um encontro entre mim e meu PAI. Sempre vi que ele era uma figura diferente e tinha umas atitudes esquisitas. Ele me visitou várias vezes, chegou a fazer uma canção sobre mim, até o dia em que soltou essa abobrinha… Ele quis dizer que o ‘Sai Baba’, que babava bastante, era meu PAI. Também existem os deuses da mitologia grega e aqui no Brasil muitas pessoas oram por um ‘Deus’ que tem mãe. Todavia, no que se refere ao meu PAI, SENHOR e DEUS, Ele é o Supremo CRIADOR, único Ser incriado, único Eterno, único Ser digno de adoração e veneração, Onisciente, Onipresente, Onipotente, único SENHOR do Universo, e Ele não tem mãe! Porque Ele é o único Ser incriado. Vamos analisar essa palavra, incriado, é aquele que não tem e não pode ter mãe. Logo, quando alguém reza ‘santa maria mãe de Deus’, não é a Ele que se refere, e sim a um ‘deus’ genérico inventado por homens.”

2) Os são-paulinos chamam o jogador Lugano de Deus, enquanto os palmeirenses torcem para o atacante Gabriel Jesus. Nesse duelo quem tem a sua torcida e quem deve levar a melhor?

INRI CRISTO: “Como já disse anteriormente e reitero uma vez mais, dá azar chamar alguém de DEUS, como também dá azar alguém dizer ‘eu sou Deus’. Há um mistério cosmológico nisso, pois o que Ele disse há milênios continua em vigor: Eu sou o SENHOR, vosso DEUS. Não fareis ídolos para vós, nem imagens de escultura… para adorardes, porque Eu sou o SENHOR, vosso DEUS…’ (Levítico c.26); Eu sou o SENHOR, este é o meu nome, não darei a outro a minha glória nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence (Isaías c.42 v.8). Quanto ao duelo, não posso torcer por nenhum deles; que vença o melhor!”

3) O Senhor, que já foi goleiro, qual análise faz da carreira de Rogério Ceni? Acha que alguém poderá substituí-lo à altura?

INRI CRISTO: “Em questão de altura, de estatura, meu filho, não dá para mesurar. Às vezes um jogador que tem um metro e noventa não é tão bom goleiro como um de um metro e setenta, pois tudo depende da agilidade, da forma que ele usa o corpo e se joga de um lado pro outro na hora de alcançar a bola. Não desmerecendo o trabalho do referido atleta, apenas considero que ninguém é insubstituível. O cemitério sim está repleto de insubstituíveis.”

4) O Senhor acha justo goleiros como Marcos e Fernando Prass, do Palmeiras, serem chamados de santos?

INRI CRISTO: “Tudo depende do conceito, da ótica de quem os chama de santos. Se o limite deles para as coisas transcendentais é um ser humano, então, na ótica deles, sem ferir suscetibilidades, os atletas são santos. Se eles não conseguem olhar um pouco mais além, em direção ao infinito, e não compreendem ainda que DEUS é o único Santo, é sinal de que ainda precisam apurar o censor metafísico.”

5) Como o Senhor analisa o futebol brasileiro depois da derrota para a Alemanha na Copa do Mundo?

INRI CRISTO: “Após a derrota para a Alemanha, os jogadores brasileiros tomaram um choque de racionalidade, de realismo, e estão se esmerando para serem atletas de fato buscando usar recursos mais técnicos, não contando tanto com a sorte. A torcida é uma espada de dois gumes, uma moeda de duas faces, pois a torcida tanto pode ser avassaladora a favor do país, da seleção brasileira, como pode ficar inconscientemente contra. Quando o povo torce por um time, então mentalmente, neurologicamente, metafisicamente está concentrado nos jogadores. Por exemplo: durante a cobrança do pênalti, todos os brasileiros estão ali torcendo para aquele jogador que irá bater a bola, certo? Se a maioria nessa hora olhar para o jogador e pensar: ‘Essa ele vai tirar de letra’, ele tem de acertar. Há uma onda energética positiva muito grande direcionada ao jogador, então ele vai lá e acerta. Por outro lado, se o povo olhar apreensivo para o jogador e pensar: ‘Não vai errar, não vai errar, cuidado!’, o jogador recebe essa  onda negativa de energia e acaba errando. Dessa forma, os torcedores pensando em fazer o bem, acabam fazendo o mal. Por outro lado, a mídia acabou atrapalhando o desenvolvimento do time brasileiro ao endeusar os jogadores. Naqueles dias, eu havia dito que se o Brasil ganhasse, perderia, e se o Brasil perdesse, ganharia. Então a única vantagem que o Brasil teve foi que depois do futebol, após a derrota, o povo começou a se despertar, a olhar as coisas com mais realismo, a saber que nem tudo é jogo. A vida prática do ser humano é muito mais do que carnaval, futebol; existem outras coisas a que se deve dar mais atenção. Temporariamente o povo se ‘desipnotizou’, ou seja, caiu a ficha de que cada um tem que conquistar o que é necessário para o seu cotidiano. De minha parte, se eu fosse um magnata compraria vinte e duas bolas e daria uma para cada jogador, para não ver meus filhinhos todos correndo e se quebrando atrás de uma bola só. Por fim convido todos vós, meus filhos, seguidores, torcedores, atletas de qualquer time, vencedor ou vencido, a assistir-me ao vivo todo sábado, às 11h da manhã, na TV da internet www.inricristo.tv, ocasião em que peço ao PAI uma bênção, no início e ao final do programa, para todos aqueles que precisam e sabem como está o mundo. Hoje mais do que nunca a bênção é bem-vinda. Tenham todos a minha paz!”

* No meio da madrugada, o ladrão invade uma casa. No escuro e em silêncio, ele houve uma voz:

— Jesus tá te olhando!

Apavorado, ele pára imediatamente. Com a lanterna, ele procura ao seu redor quem falou a frase.

Não encontra nada e, pensando ter sido imaginação, continua a andar. É quando a voz diz novamente:

— Jesus tá te olhando!

Agora, certo de ter ouvido, ele aponta a lanterna na direção de onde veio a voz e vê um papagaio. Aliviado, ele diz:

— Ô, seu besta, quase me matou de susto! Seu nome é Jesus?

— Não, meu nome é Judas!

— Que imbecil colocaria o nome de Judas em um papagaio?

— O mesmo que colocou o nome de Jesus no Pitbull que está te olhando!

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