Paulo, o falso apóstolo, lobo com pele de ovelha

Ao final do texto, assista ao vídeo onde a discípula Amaí Gabardo reporta a opinião de INRI CRISTO sobre Paulo de Tarso e expõe um resumo desta matéria.

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Circula na internet uma publicação muito coerente sobre Paulo de Tarso. INRI CRISTO ratifica afirmando que ele foi o primeiro falso profeta da era cristã. Consideramos relevante partilhar o conteúdo com os livres-pensadores que acessam nosso site, pois segundo INRI CRISTO nos diz, a verdade é uma só onde quer que esteja. Apesar de extenso, vale a pena ler atentamente. E se algo do que está escrito instigar os seus conceitos ou pré-conceitos, repasse aos amigos. Eles também podem ser beneficiados. Boa leitura!

Discípula Adeí Schmidt

Paulo, o Lobo com Pele de Ovelha

Jesus disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7, 15)

Paulo era um falso Apóstolo, mas um verdadeiro patife. Fazer passar-se por um dos Doze escolhidos não foi a sua primeira obra contra Jesus. Como se sabe, e como o próprio Paulo diz em várias das suas cartas, em tom de orgulho, por vezes, antes da sua “conversão”, Paulo, chamado Saulo na altura, era o maior perseguidor dos seguidores de Jesus. Esteve, inclusive, diretamente envolvido no primeiro martírio, de Estêvão.

Há um outro episódio de perseguição que não se encontra relatado na Bíblia, mas sim numa carta de Pedro que faz parte do Novo Testamento Essênio. Tiago, um dos Apóstolos mais importantes, a par de Pedro e João, encontrava-se no Templo a convite dos líderes judeus, para discursarem. Primeiro falou o sacerdote, e depois Tiago tomou a palavra e falou-lhes sobre Jesus e os seus ensinamentos. Tudo o que dizia surpreendia os que o ouviam, por ser uma doutrina tão inovadora. As palavras de Tiago foram convincentes e muitos se converteram. Menos um, que se encontrava no auditório. Paulo.

Quando Tiago se calou, foi a vez de Paulo falar e proferir palavras inteligentes, mas cheias de raiva. Paulo era uma fera, e conseguiu virá-los contra Tiago e os discípulos que ali estavam, gerando-se um motim em que dezenas foram assassinados. Paulo dirigiu os seus esforços pessoais a Tiago, atirando-o do cimo das escadas. Julgando-o morto, foi se embora e deixou-o ali.

Por sorte, Tiago não morreu. Mas Paulo não desistiu e continuou a sua perseguição, falando contra Jesus, os seus seguidores e a sua doutrina sempre que podia. Para ele, tudo aquilo era uma abominação.

Mas o que é certo é que os Apóstolos eram bem sucedidos, e o núcleo de seguidores aumentava de dia para dia. A clara oposição violenta de Paulo não estava a funcionar, por isso estava na altura de pôr em prática o plano B: se não os podes vencer, junta-te a eles… e destrói-os por dentro.

Aqui entra a fantástica “conversão” na Estrada para Damasco. Paulo diz ter tido uma visão de Jesus, que lhe perguntou, “porque me persegues?” E supostamente nesta altura, Paulo emendou os seus erros e tornou-se “apóstolo”. Mas como costumam dizer, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. Primeiro porque os mentirosos têm tendência a dizer “não estou a mentir”, o que Paulo faz constantemente (Gálatas 1, 20 por exemplo: “Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto!”)

Outro sinal de uma mentira é que a história nunca se mantém. De cada vez que a conversão é relatada, os pormenores mudam (Atos 9, 3-19; Atos 22, 6-15; Atos 26, 2-19). Até mesmo o que se passou depois é incerto, já que é relatado de uma maneira num lado (Atos 9, 19-27) e doutra noutro (Gálatas 1 e 2).

Ao que parece, os Apóstolos tiveram algumas dificuldades com esta mudança de Paulo. Primeiro, duvidaram e tiveram medo da sua aproximação. Depois, aceitaram. E quando viram que Paulo não estava interessado em seguir o que Jesus disse, renegaram-no.

João falou indiretamente de Paulo, não só no Apocalipse, mas também nas suas cartas. João tinha o hábito de não referir certas pessoas pelo nome, mas sim por títulos ou por ações. Já no Evangelho, há um “discípulo que Jesus amava”, interpretado pela tradição mais ortodoxa como sendo o próprio João, ou segundo outras interpretações, Maria Madalena.

João avisa a respeito de “falsos profetas”, e enumera algumas das suas características: não seguem os Apóstolos (1 João 4, 6), ensinam doutrinas contrárias, nomeadamente que Jesus não tinha um corpo inteiramente humano (1 João 4, 2), fizeram parte do grupo (de discípulos) mas afastaram-se (2 João 2, 19), e não cumprem os ensinamentos de Jesus ( 2 João 1, 9).

Tudo isto se aplica a Paulo. Se Paulo se “converteu” e foi falar com os Apóstolos, é evidente que depois se separou deles. O próprio o diz, que se separou e foi sozinho pregar aos gentios (Gálatas 2, 9). Também sabemos que Paulo não achava que os Apóstolos fossem grande coisa, apenas “pareciam ser pilares”, mas a ele “não lhe acrescentavam nada”. Não só não os ouvia, como chegou a confrontar Pedro publicamente sobre as suas ações, condenando-as (Gálatas 2, 11).

Paulo ensinava coisas contrárias à doutrina ensinada pelos Apóstolos. No que toca à humanidade de Jesus, Paulo dizia que Jesus tinha sido enviado na “aparência de carne humana” (Romanos 8, 3). Os Apóstolos por seu lado diziam que Jesus era inteiramente humano. E quanto a seguir os ensinamentos de Jesus, isso era coisa que não interessava a Paulo. Aliás, se nos guiássemos por Paulo apenas, nunca saberíamos nada do que Jesus disse ou fez, porque Paulo nunca fala sobre isso. Apenas ensina as suas próprias ideias e considerações.

Pela segunda vez temos de João a confirmação que Paulo não vinha da parte de Jesus (Apocalipse e cartas). Mas apesar das advertências dos Apóstolos, Paulo conseguiu o que queria. O seu séquito cresceu, o que não é surpreendente, já que o seu “evangelho” é bem mais fácil e conveniente do que a Mensagem de Jesus. E assim, a verdadeira doutrina foi obscurecida. Quando o evangelho de Paulo chegou a Roma, Paulo atingiu o auge da sua carreira. Foi a sua melhor jogada. E até aos dias de hoje, Cristianismo é apenas o nome que se dá à religião que Paulo criou. Um nome mais apropriado seria Paulinismo, porque de Cristo há nela muito pouco.

Paulo e Pedro.

Paulo e Pedro, a Questionável Amizade

Jesus disse, “Tu, segue-me!” (João 21, 22)

Segundo a tradição da igreja católica, Pedro e Paulo eram grandes amigos. São representados como sendo os melhores amigos em Cristo. Mas… não era bem assim.
A primeira prova que temos vem do próprio Paulo, que desprezava as palavras e ações de Pedro, falando contra ele em público (Gálatas 2, 11-14). Por raciocínio lógico deduzimos que Pedro não podia concordar com Paulo. Sendo um dos Doze, esteve com Jesus e sabia qual era a verdadeira doutrina dele (ou seja, diferente da de Paulo).

Quando confrontados com este argumento, cristãos conhecedores da Bíblia não perdem tempo a citar a segunda carta de Pedro, capítulo 3, versículos 15 e 16: “Escreveu-nos também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi concedida. E assim fala em todas as Cartas em que trata destes temas; há nelas alguns temas difíceis, que os ignorantes e pouco firmes deturpam – como fazem às restantes Escrituras – para a sua própria perdição.”

Ora, há algumas coisas que podemos dizer sobre esta passagem. Primeiro que Paulo tinha de facto, muitos inimigos que analisavam as suas cartas (“distorcem”) e que “Pedro” considerava as cartas de Paulo “Escritura”. E se assim era, então aqui está a prova que Paulo e os Apóstolos até se davam bem e que Paulo vinha da parte de Jesus. Se isto é verdade então andei aqui a perder tempo com tantos posts a desmascarar Paulo.

Claro que as coisas não são tão simples.

Douglas del Tondo no seu livro Jesus Words Only faz uma breve história do cânon bíblico. Um pormenor interessante que vemos nesta cronologia é que a segunda carta de Pedro teve bastantes problemas em ser aceite. Ao fim de várias décadas foi integrada no cânon, e novamente rejeitada alguns anos mais tarde, até que finalmente passou a fazer parta da Bíblia tal como a conhecemos hoje. Esta constante rejeição é suficiente para levantar algumas suspeitas. E de facto, muitos estudiosos concordam que 2 Pedro é uma pseudo-epístola, não escrita por Pedro, o Apóstolo.

Há também uma boa parte de estudiosos que pensa que estes versículos onde Paulo é referido são uma inserção (feita, nada mais nada menos que pelos fiéis discípulos de Paulo – nada de novo, é apenas mais uma táctica desonesta como todas as outras). E, efetivamente, lendo o texto em contexto, a menção a Paulo parece um pouco descabida. Mais, retirando os dois versículos, a carta continua a fazer perfeito sentido.

Na minha opinião, as duas coisas podem ser verdade. Talvez 2 Pedro seja uma fabricação, e se é, então não interessa se faz ou não referência a Paulo, ou se essa referência é uma inserção posterior ou não – é falsa e acabou. Mas se é de facto uma carta autêntica de Pedro, então os versículos são definitivamente uma inserção. Pedro jamais apoiaria Paulo.

Seja como for, é curioso olhar para um outro livro bíblico: o Evangelho de João. Os últimos capítulos, que falam dos episódios pós-ressureição, também levantam algumas suspeitas de inserção posterior. Se tal aconteceu, então não duvido que foi obra de João e os seus seguidores, eternos defensores de Jesus. Caso não sejam uma inserção, contêm, para quem acredita nestas coisas, uma profecia bastante relevante.

Pedro é sempre retratado como o discípulo com alguns problemas em manter-se fiel às suas convicções. Não foi ele que negou Jesus três vezes no momento mais difícil? Numa clara referência a este momento de fraqueza, Jesus ressuscitado pergunta a Pedro três vezes se o ama e se é seu amigo. Relembremos o que Jesus entende por amigo: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.” (João 15, 14)

Cada vez que Pedro diz que sim, que é muito seu amigo, Jesus pede-lhe que apascente as suas ovelhas, ou seja que espalhe a sua mensagem. E depois diz o seguinte:

“Em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há de atar o cinto e levar para onde não queres.” (João 21, 18)

Interpreta-se normalmente este “estender as mãos” como sendo uma referência martírio de Pedro. Eu acho que pode ser uma maneira de dizer “pregar”. Mas quem é o “outro” que ata Pedro e o leva para onde ele não quer ir? Conhecendo o estilo de João, este é mais um puzzle, uma referência indireta a alguém… E quem? Paulo, who else? Paulo, o falso apóstolo que de modo nenhum era amigo de Jesus, pois não fazia o que ele tinha ensinado, e pregava uma outra doutrina. Se Pedro era amigo de Paulo então não podia ser amigo de Jesus também. Já dizia Jesus, nenhum homem pode servir dois senhores… (Mateus 6, 24) Então Pedro era amigo de quem? De Paulo, tal como está na carta que Pedro não escreveu? Ou de Jesus, tal como está escrito no Evangelho e como o próprio Pedro disse? Não me parece haver aqui grande dúvida, sinceramente.

Até aos dias de hoje, Pedro é o único Apóstolo que se diz ter tido alguma relação de proximidade com Paulo. Se a falsa carta de Pedro, com a inserção referente a Paulo, já estava em circulação na altura em que este bocado do Evangelho foi escrito, não me espanta nada encontrar esta referência feita por João: Paulo estava a tentar levar Pedro para o seu lado e João tinha que impedir a vitória do falso apóstolo. Não é nada que João não tenha feito noutros textos (Apocalipse e Cartas).

Ainda neste último capítulo do Evangelho de João há mais uma coisa interessante. Imediatamente depois de profetizar sobre o futuro de Pedro, Jesus diz-lhe: “Segue-me!” E mais adiante, torna a dizer: “Tu, segue-me!”

Jesus parecia preocupado com os caminhos de Pedro… Talvez estas sejam palavras importantes. Segue-me. Jesus disse-o mais que uma vez durante o Evangelho: “Segue-me.”

Trabalho de casa: comparar com Filipenses 3, 17, onde Paulo escreveu: “Sede todos meus imitadores.”

Paulo, o anticristo.

Paulo, o Anticristo – Parte I

Anticristo (s. m.): – um oponente de Cristo;

– um adversário de Cristo que governará o mundo até ao Retorno de Cristo;

– o último perseguidor da doutrina de Cristo que aparecerá no fim do mundo para combater o cristianismo e trazer à humanidade os maiores sofrimentos.

Acho que o título deste post assusta/escandaliza/indigna muita gente. Pensem que “anticristo” significa apenas “contra Cristo”. Se Cristo é Jesus e Jesus é a sua Mensagem, então o anticristo é alguém que prega uma doutrina oposta à verdadeira doutrina de Jesus. Vejamos então se Paulo cabe nesta definição.

O ponto alto (ou um dos) do ministério de Jesus é o Sermão da Montanha. Jesus reuniu um número extraordinário de pessoas num monte e ensinou-lhes as Bem-Aventuranças (Mateus 5, 1-12), de onde retiramos os pilares para uma vida Perfeita: justiça, paz, humildade, misericórdia, pureza de coração. Jesus não fala sobre fé, nem sobre si próprio durante este sermão, mas sim sobre conduta “justa”.

De facto, a preocupação de Jesus com a conduta justa é o centro de todas as suas lições. Ele disse, “Os justos terão vida eterna.” (Mateus 25, 46) Quando ensinava, falava às pessoas sobre o Reino de Deus (que está “dentro de ti” [Lucas 17, 21]), e sobre como atingi-lo e ser perfeito (“Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste” [Mateus 5, 48]).

A vida justa e a perfeição manifestam-se, segundo Jesus, pelos “frutos”. Árvores boas dão bons frutos, árvores más dão maus frutos. Tal como Jesus disse, “Pelos seus frutos os conhecerás.”(Mateus 7, 16-17) Quer isto dizer que podemos conhecer o interior de uma pessoa pela suas ações (frutos), e separar os bons dos maus consoante as suas ações são boas ou más. Jesus disse aos discípulos que é isto mesmo que acontecerá no Julgamento (João 5, 29).

Jesus queria dos seus discípulos bons frutos. Ele próprio o disse na sua despedida, durante a Última Ceia: “Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” (João 13, 35) Disse também: “Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando.” (João 15, 14-15)

Os bons frutos são não só a marca do discípulo mas também o requisito para a entrada no Reino de Deus: “Nem todos os que me dizem “Senhor, Senhor” entrarão no Reino do Céu; mas sim aqueles que cumprem a vontade do meu Pai que está no Céu.” (Mateus 7, 21) O objetivo da missão de Jesus era ensinar os mandamentos. E ele próprio disse: “Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.” (Mateus 7, 24-27)

Todas estas coisas são evidentes na doutrina de Jesus. Basta ler o Evangelho – elas estão lá, em todas as coisas que Jesus disse e fez. No entanto, a versão de Paulo é drasticamente diferente. Segundo este, a Salvação, a entrada no Reino de Deus, consegue-se através da Fé, e não dos “frutos”. Ouvir e pôr em prática os ensinamentos de Jesus não é um requisito obrigatório para “acertar contas com Deus”, porque, de acordo com o “evangelho” de Paulo, apenas a verdadeira Fé pode salvar um homem. Isto o diz Paulo em diversas ocasiões:

  • “Pois estamos convencidos que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da lei.” (Romanos 3, 28)
  • “Porque é pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto […] não vem das obras.” (Efésios 2, 8-9)
  • “Ele salvou-nos, não em virtude das obras de justiça que tivéssemos praticado, mas da sua misericórdia […] a fim de que pela graça, nos tornemos herdeiros da vida eterna.” (Tito 3, 5-7)

Paulo torna a reforçar esta ideia em Romanos 4, 6 e 2 Timóteo 1, 9. Porque era ele tão insistente neste assunto? Se toda a vida de Jesus foi ensinada a ensinar e a incentivar a cumprir os ensinamentos, será que não terão alguma importância? De acordo com Paulo, não, não têm. Aliás, Paulo nunca os cita – é essa a importância que lhes dá. Exaltando a Fé sem Obras, Paulo vira Jesus do avesso, obscurecendo o âmago da sua Mensagem – “sede perfeitos” – e substituindo-os com um novo lema: sede beatos. As duas doutrinas são radicalmente opostas. Cristo e Anticristo.

Evidentemente, os verdadeiros Apóstolos faziam o seu melhor e falavam publicamente contra Paulo. Foi o que fez Tiago, irmão, amigo e Apóstolo de Jesus, na sua epístola, respondendo diretamente aos devaneios hereges de Paulo.

Queres tu saber, ó homem insensato, como é que a fé sem obras é estéril? Vedes, pois, como o homem fica justificado pelas obras e não somente pela fé. Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta.

(Tiago 2, 20-26)

Apesar de Tiago nunca usar o nome de Paulo na sua carta, é evidente que esta é uma resposta à carta aos Romanos. Se tiverem por aí uma Bíblia comparem as passagens Romanos 3, 28 e Tiago 2, 24. Não só é a estrutura frásica idêntica como as palavras (no grego, apesar de diferirem em algumas traduções modernas) usadas por ambos são exatamente as mesmas. Tiago usa até o mesmo exemplo que Paulo, citando o mesmo versículo sobre a salvação de Abraão, mas dando uma explicação exatamente oposta à de Paulo.

É que, se Abraão foi justificado por causa das obras, tem motivo para se poder gloriar, mas não diante de Deus. […] Àquele, porém, que não realiza qualquer obra, mas acredita naquele que justifica o ímpio, a esse a sua fé é-lhe atribuída como justiça.

(Romanos 4, 1-5)

Não foi porventura pelas obras que Abraão, nosso pai, foi justificado?

(Tiago 2, 21-23)

É mais um caso em que temos de escolher confiar em Paulo ou num dos Apóstolos. Fé, como disse Paulo, ou Obras, como defendia Tiago (e Jesus)?

Nem todos os que me dizem “Senhor, Senhor” entrarão no Reino do Céu.

Jesus (Mateus 7, 21)

Paulo, o Anticristo – Parte II

“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Jesus (Mateus 7, 22-23)

É evidente que a maioria dos esforços de Paulo eram empregues contra a Lei, fosse ela a Lei de Moisés, que os judeus seguiam, ou a Lei perfeita que Jesus ensinava. O falso apóstolo pregava uma doutrina de salvação através da fé em vez das obras, e com isso conseguiu inúmeros seguidores.

Mas há outros pontos fundamentais da doutrina de Jesus que Paulo também fez questão de mutilar.

Comecemos por um tema muito em voga hoje em dia: a homossexualidade. As passagens mais citadas contra a homossexualidade fazem parte das cartas de Paulo.

Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. (Romanos 1, 26-27)

O que é que Jesus tinha a dizer sobre homossexuais? Na verdade, nada. Jesus falou aberta e insistentemente contra ladrões, contra hipócritas, contra pessoas de mau coração. Mas nunca contra homossexuais. Se a homossexualidade é algo tão aberrante, porque é que Jesus nunca o classificou como tal? Para mais, Jesus aceitava todas as pessoas. Não me é difícil imaginá-lo a comer à mesa com um casal gay. Já Paulo… (1 Cor 5, 11)

Notem que nesta passagem de Romanos, Paulo afirma que as mulheres têm um “uso natural”. Ou seja, servem para se deitarem com os seus maridos. Esta é uma afirmação simplesmente inaceitável. A mulher não foi feita para o homem se servir dela. Mas Paulo gostava de dizer o contrário. E dizia mais:

Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. (Colossenses 3, 18 e também Efésios 5, 22-24)

As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja. (1 Coríntios 14, 34-35)

Mas Jesus via as mulheres de uma outra forma. Eram alvo da sua atenção e compaixão inúmeras vezes. E, evidentemente, considerava-as dignas dos seus ensinamentos. Ao contrário do que era hábito na altura, Jesus gostava de ter mulheres na sua audiência (Maria e Marta).

A conversa mais longa que Jesus teve com alguém foi com uma mulher: a samaritana que encontrou junto do poço. E foi precisamente essa mulher que trouxe toda a sua aldeia à Mensagem de Jesus. Como se compara isto com os ensinamentos de Paulo que a mulher não é importante na igreja?

Temos outras provas de que Jesus considerava as mulheres iguais aos homens. Quando foi criticado por ajudar uma mulher inválida. Jesus defendeu-se, dizendo que ela era uma Filha de Abraão, ou seja da mesma proveniência e logo, igual. São várias vezes mencionadas nos Evangelhos as mulheres que seguiam Jesus com os Apóstolos. Elas ajudavam o grupo financeiramente, e renunciavam às mesmas coisas a que todos os outros discípulos. Os discípulos eram, portanto, iguais, homens e mulheres.

Paulo refletia esta posição nas suas cartas? Não.

Paulo era também adepto da escravatura. As suas palavras foram muitas vezes evocadas para justificar a escravatura e contra-argumentar a abolição.

Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo.
(Tito 2, 9-10; e também Efésios 6, 5)

Jesus, porém, dizia “trata os outros como queres ser tratado”. E há que ter em conta também que Jesus era Nazareno (Essênio), e que este povo foi o primeiro de que se tem registro a condenar e abolir a escravatura. Há outras diferenças evidentes entre as palavras de Jesus e de Paulo. Três exemplos:

Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as materiais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós?
Paulo (1 Cor 9, 11-12)

E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. De graça recebestes, de graça dai.
Jesus (Mateus 10, 7-8)

Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Paulo (Romanos 10, 4)

Não cuideis que vim destruir a lei.
Jesus (Mateus 5, 17-18)

Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas.
Paulo (Efésios 1, 7)

Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Jesus (Mateus 6, 14-15)

E tantas outras, que se as fosse enumerar todas escrevia um livro não um post. Os livros já estão escritos, e estiveram escritos 2000 anos. Leiam-nos e tirem as vossas próprias conclusões. Quem era Paulo? Apóstolo ou Anticristo?

Obs.) Em meio a tantas inverdades proferidas por Paulo, pelo menos três de suas citações são dignas de crédito:

“Efetivamente, eu sou o mínimo dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de DEUS” (I Coríntios c.15 v.9);

“Evidentemente que não há outro Evangelho, mas há alguns que vos perturbam e querem inverter o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie um Evangelho diferente… seja anátema” (Gálatas c.1 v.7 e 8);

“Com efeito, se a verdade de DEUS, pela minha mentira, cresceu para glória sua, por que sou eu assim julgado como pecador?” (Romanos c.3 v.7).

Se Paulo mesmo se reconhece mentiroso, logo tudo que ele disse não se pode levar a sério. A mentira escraviza, eis por que INRI CRISTO disse há dois mil anos: “Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres(João c.8 v.32).

Assista ao vídeo onde a discípula sacerdotisa Amaí Gabardo reporta a opinião de INRI CRISTO sobre Paulo de Tarso, bem como expõe um resumo desta matéria:

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2 COMENTÁRIOS

  1. Show de Bola o artigo, Paulo o falsário já é tema de estudo a tempos, muitos estudiosos já sabem que seus relatos usurparam o verdadeiro evangelho de Jesus, que é intro, sem preceitos, tabus, regras, ortodoxia, usos e costumes etc…. Mas o que mais me chamou a atenção foi a ideia de que Paulo se colocou no lugar do anti cristo, e a religião se baseou no Paulinismo e não no Cristianismo…..Pois com muitas leis e deveres é mais fácil dominar o povo!

  2. As palavras deste na Bíblia não são as palavras de Deus mas de alguém….de um terreno de um sacana…mas como pode a Igreja admitir isto até hoje?….ao ler Corintios ontem achei interessante algumas coisas mas não fazem sentido inclusive achei que estava ali um livro que não deveria estar na Bíblia…aquilo é para padres…melhor a igreja fala muito destas passagens….nas missas….ora se esta parte são intrusos na Bíblia….a Igreja prova que são inteusos também padres,bispos e o papa.

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